Tudo depende do referencial

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Para fazer o mapa acima pegamos um mapa da América cujos países falam línguas provenientes do latim no Google, giramos o mapa 180º e realizamos todas as mudanças para que tornasse sua leitura possível: rosa dos ventos (com o sul no top) e os nomes dos países.

Na maioria das vezes em que pensamos em nosso planeta, imediatamente vem a cabeça aquela idéia de que o norte fica em cima, o sul embaixo, o leste a direita e o oeste a esquerda. Porém dependendo do referencial a nossa maneira de observar o mundo muda também. É como quando cada turma olha a escola: a turma 102 vê as turmas de oitavo ano a esquerda, enquanto as turmas 104 e 106 vêem as turmas de oitavio ano a direita. A localização dos objetos através da observação muda de acordo com a posição no espaço em que você está.
O mesmo acontece com a representação cartográfica. Nos últimos séculos as potências do mundo estiveram no norte. A Europa usando de toda a sua influência econômica colocou-se no centro do mapa mundi na parte superior. Até hoje aceitamos essa maneira de representar o globo. Mas nunca paramos para pensar que não somos nem portugueses, nem espanhois, nem franceses, nem de qualquer país da Europa, e deixamos que fique assim.
A cima está representado um Mapa da América cujos países falam línguas provenientes do latim. Por mais que a Europa não esteja no mapa, quando pensamos na América cujos países falam línguas provenientes do latim já pensamos no México em cima e Chile e Argentina embaixo. A Europa não está no mapa, mas influencia indiretamente a maneira com a qual vemos o nosso continente.
Para sermos radicalmente opostos tomemos como referencial o extremo sul da linha de fronteira entre Argentina e Chile, um ponto fixo no mapa, como referencial. Sendo assim o mapa vira de cabeça para baixo – como pode ser visto. Lembremos que se o referencial fosse Fernando de Noronha, o mapa estaria deitado com o leste em cima.
Para brasileiros a maneira representada é mais cinematicamente correta, o que se deve ao fato do Brasil estar no Hemisfério Sul. No caso de um mapa mundi, o Brasil devia estar no centro do mapa em cima. Sendo assim, vemos que o sistema de representação eurocêntrico ou europocêntrico está cinematicamente errado para brasileiros, habitantes do Hemisfério Sul.
O mundo é um globo e pode girar. Essa frase parece até muito boba e banal, mas se observarmos que por isso devemos mudar a maneira de representar o mapa de acordo com o referencial onde estamos. Tudo depende do referencial. Inclusive a representação cartográfica.

PS: A palavra L A T I N A foi dita como censurada pelo blog. Segundo o mesmo ela está em uma lista negra. Não sei o motivo. Por isso no texto lê-se “América cujos países falam línguas provenientes do latim”

Turma 102
Grupo: Hugo Martins
Lucas Rocha
Matheus Chatack
Mauricio Einhorn

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Prof. Sérgio Lima, em Tiradentes, apontando para uma da igrejas ao fundo.

Sobre Prof. Sérgio Lima

Prof. Física no Colégio Pedro II, entusiasta de aprendizagens colaborativas e de Recursos Educacionais Abertos.
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