Contexto do Colégio Pedro II
Como todos devem saber, desde março de 2020, estamos impossibilitados de fazer nossa tradicional e bem conhecida educação presencial por conta da crise sanitária da COVID_19.
O Colégio Pedro II (como toda educação pública federal) demorou muito tempo para entender a extensão temporal da impossibilidade de se fazer educação presencial! Juntou-se a isso uma enorme rejeição do Colégio Pedro II em se fazer uma Educação Remota de Emergência!
Em nome de não se deixar ninguém para trás (e também pela falta de governo – não tivemos (e ainda não temos) um Ministro da Educação com capacidade de liderar a Educação durante a crise) ficamos imobilizados por 4 meses decidindo o que fazer!
Mas antes tarde do que mais tarde! Finalmente, após debates internos, o Colégio Pedro II decidiu pelo óbvio (não fazer nada é indefensável!). E o consenso possível foi a decisão de ofertar “apoio emocional e cognitivo” aos estudantes!
Apoio o que? A maneira do colégio mostrar seu neoludismo com qualquer forma de educação a distância foi usar o termo: “apoio emocional e cognitivo”. Como essa “categoria” não se encontra em nenhuma literatura acadêmica deixemos o próprio Conselho Superior do Colégio explicar o que isto significa exatamente: Nota do Conselho Superior à Comunidade Escolar do Pedro II
Pelo que pude entender:
- Nada que fizermos como “apoio emocional e cognitivo” poderá ser usado para fins da burocracia escolar (dia letivo, matéria dada, etc…)
- Todas as atividades são facultativas aos estudantes.
- Buscar o máximo de inclusão nas atividades para que ninguém que deseje o “apoio emocional e cognitivo” fique impossibilitado de participar.
Não vou entrar aqui no debate sobre a total confusão (no seio da comunidade do Colégio Pedro II) sobre os conceitos de “aula”, “ensino” e “educação”.
O que pretendo fazer em acordo com as diretrizes emanadas dos GTs e em acordo com a equipe de Física do campus Centro
Com base nas reflexões retiradas, principalmente, daqui e daqui e exercendo o meu direito de liberdade de cátedra (que não se opõe a respeitar as deliberações coletivas sobre os princípios que vão sulear o tal “apoio emocional e cognitivo”) pretendo adotar as escolhas que já tinha explicitado em março de 2020:
- Experimentar atividades que necessitem de pouca banda de internet, que sejam majoritariamente assíncronas e eventualmente usar outras tecnologias que não necessitem da internet.
- Usar metodologias dialógicas numa perspectiva conectivista.
- Usar o máximo de tecnologias abertas (com ênfase no minimalismo tecnológico) e recursos educacionais abertos
O que você, estudante, espera de um apoio emocional e cognitivo no contexto de aprendizagens de física ou ciência?
Em coerência com o segundo item da seção anterior, gostaria de ouvir os estudantes! O que você espera, no contexto da física, como campo de conhecimento, para te apoiar emocional e cognitivamente? Use os comentários abaixo! Caso prefira privacidade, pode enviar sua opinião para “cp2 arroba sergioflima ponto pro ponto br”
Vamos aproveitar esta crise sanitária para experimentarmos novos arranjos para se aprender na era a Informação! Esqueça nota, dia letivo, programas curriculares.
Pense em aprendizagens numa era de abundância de conexões e informações! Que tal aceitarmos o “COVID” e tentarmos reinventar a Escola?